Olhe bem para essa foto por alguns instantes… o que lhe parece à primeira vista?
Pois esta é a visão exata que nós teríamos se estivéssemos à leste da cratera Gusev, em Marte, olhando em direção ao nosso planeta.
O pontinho brilhante na parte superior da fotografia, é a Terra. Entre ela e o horizonte marciano, podemos ver um outro pontinho brilhante chamado Júpiter (nada menos que o maior planeta do nosso sistema solar).
Cada cantinho de nossa cidade, a história de nosso povo, o esforço que empreendemos na compreensão do mundo à nossa volta, nossos amigos, os judeus e os palestinos, aquele carro do ano que queremos ter em nossa garagem, os pobres e os ricos… tudo não passa de um minúsculo e brilhante pontinho no céu de Marte.
Esta é uma visão inédita. Em nenhum outro momento da nossa história, nenhum ser humano viu algo assim antes.
Muitos acharão a foto linda e seguirão suas vidas.
Outros tantos acharão a foto linda e, porventura, poderão até tecer comentários sobre o seu tamanho minúsculo em relação ao observador.
Poucos, porém, acharão a foto tão linda, que continuarão observando até enxergar, não somente o mísero tamanho do planeta em que vivemos, mas, o quão ínfimo somos nós. Estes, quiçá venham a refletir sobre o quão insignificante são os nossos problemas e as nossas questões diante do todo.
Mas, contar-se-ão nos dedos aqueles que irão contemplar a foto com tamanha intensidade, que sentirão uma sensação ainda mais sufocante que um soco no estômago… despedaçando um ego outrora “enorme“, em partículas insuportavelmente insignificantes, agora espalhadas num vazio sem fim…
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