Adeus…
Agora, pouco importa
se foi bom
ou foi ruim…
Agora tanto faz
se poderia,
Ou não,
Ter sido diferente…
O que vale agora
é a distância,
Cada vez maior,
Separando nossas vidas…
É hora de partir,
De seguir em frente…
É hora de desatar os nós que,
Na verdade,
Nem mais existem…
Abra seu coração
e deixe esvair esse “eu”
que fui um dia em sua vida
e que já nem mais existe,
Na minha…
Deixe essa possibilidade
desvanecer no tempo
e outras virão…
Trazidas pelo aprendizado
que nos molda
e nos transforma
em um novo ser
a cada nova escolha…
Cada momento vivido,
Cá, em meu canto,
E cada tanto assimilado,
Me deixaram ainda mais distante
daquela possibilidade de outrora…
Hoje, resta em mim,
muito pouco de quem fui…
Hoje, quase nada de quem sou
permeia seus pensamentos
ou perpassa seu coração…
O “eu” que sou agora,
Não se encontra em ti,
Assim como do “eu” que fui
resta apenas um vestígio…
Um vago borrão no tempo
à espera de um simples gesto
para ser apagado,
extinto,
ou ainda, mais que isso,
Para deixar de ter existido,
Eternamente…
(Pedro Cordier)