Segundo a Wikipedia – um dos maiores exemplos de crowdsourcing do mundo: “crowdsourcing é um modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários espalhados pela internet para resolver problemas, criar conteúdo e soluções ou desenvolver novas tecnologias“.

Baseado nesse conceito, há alguns meses, o Twitter lançou sua Central de Tradução, que permite a contribuição dos usuários na tradução do site e outros projetos.

Mas, a grande novidade para nós brasileiros, é que, entre as línguas nas quais o microblog será disponibilizado, está o Português do Brasil. Com isso, agora podemos participar desta comunidade mundial de tradutores e ajudar o Twitter a “falar nossa língua”.

Para fazer parte do projeto, basta acessar a Central de Tradução com sua conta do Twitter, ler as Diretrizes e o Glossário para definições, anotações e frases similares – e começar a traduzir!

Uma vez na Central de Tradução, podemos enviar nossa tradução ou votar na tradução de outro usuário. Nós também encontramos dicas que facilitam a tradução, bastando, pra isso, clicar no link “More Information” para ver mais informação sobre uma frase, deixar um comentário ou ver comentários de outros usuários.

Para mais detalhes assista o vídeo abaixo:

Para atualizações sobre o projeto de tradução do twitter, basta seguir @translator e enviar @menções ou DMs para reportar bugs, tirar dúvidas ou compartilhar uma sugestão.

O Twitter disponibiliza ainda um Google Group para que os tradutores participem de discussões sobre o idioma, tom, sugestões e outros tópicos relacionados.

Utilizações do Crowdsourcing

Já existem diversas empresas utilizando o crowdsourcing com sucesso.

Uma que vale a pena citar é o site iStockphoto, um coletivo de fotógrafos profissionais e amadores. No site, as imagens são vendidas a preços baixos (o menor valor nem chega a um dólar), tornando extremamente viável a aquisição de fotos para projetos de todos os portes.

Em março de 2010, 6 milhões de usuários já haviam baixado mais de cem milhões de arquivos. O modelo de negócios baseado no micropagamento mostra que pode dar muito certo. Prova disso é que paga semanalmente aos seus colaboradores mais de 1,7 milhões de dólares.

Um outro caso relevante, que tenho a felicidade de dar minha pequena parcela de contribuição, é o Papos Na Rede – #PaposNaRede – criado pela relações públicas e consultora de comunicação digital, Márcia Ceschini, idealizadora de um projeto de crowdsourcing que compartilha conhecimento digital pela rede e discussão de assuntos relacionados com a comunicação nas mídias digitais através de um chat quinzenal que reúne pessoas com o mesmo interesse para debates e troca de ideias.

A divulgação do projeto pelos participantes possibilitou o patrocínio da TreinaTom, ferramenta que passou a ser usada para a realização dos chats. Além disso, projeto é divulgado também no Twitter, Facebook e por e-mail em grupo de discussão.

Segundo o site INOVADORES ESPM:

“Para não correr o risco de obter o lado negativo da soma de muitos pensamentos, é necessário criar um ambiente propício à colaboração, com estímulos que mantenham constante envolvimento. É preciso manter a massa interessada em participar, ativa e produtiva.

Cada projeto tem seu perfil genérico mais adequado: há marcas que preferem grupos de blogueiros, outras podem ser ainda mais específicas, demandando, por exemplo, somente blogueiros de moda.

Independente disso, fazer com que o público participe de etapas que até pouco tempo atrás eram estranhas à sua realidade provoca maior identidade com o produto desenvolvido. O engajamento da marca, consequentemente, reúne um número crescente de pessoas, imbuídas pelo sentimento de propriedade daquela marca.”

No mundo do crowdsourcing, uma determinada pessoa ou empresa busca o engajamento de pessoas para uma causa e, quando atendida, vai transformando essa “sua” causa na causa de muitos, que passam a colaborar para o bem da comunidade em troca de remuneração (participação nos resultados), pela possibilidade de aumentar seu capital social ou, simplesmente, pelo prazer de contribuir para uma internet cada vez melhor.

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